quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


E corre com um pouco de frio até a sala. Eu sinto uma saudade ridícula. Traz um copinho meio vazio e fala da nostalgia que tem do meu licor de amêndoas. Saudade é a palavra, eu digo. Não, énostalgia mesmo. Eu pergunto da diferença. Saudade é clichêA gente sente nostalgia de algo distante, que a gente sabe que não vai mais voltar. Mas se você tá aqui, com meus licores e minhas camisas? Pois é, você diz com os ombros. Eu peço de volta minha camisa. Preciso me proteger do seu frio, da sua vida perfeita, da próxima vez que meu telefone tocar por engano.

Gabito Nunes

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